quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pobres, políticos. 

Aquilo que mais me intriga nisto tudo são os pobres. Afinal de contas o que é um pobre? Um pobre é um indivíduo com parcos recursos económicos. Quanto a definições estamos falados. No entanto, no que diz respeito à minha opinião sobre os pobres, a situação parece-me um pouco mais complexa. Sempre tive um especial carinho por pobres. Pareciam-me excluídos da sociedade, pessoas injustiçadas as quais não mereciam estar na situação em que estão. Não sei. Aquilo que sei é que a própria definição de justiça neste caso é um tanto ou quanto nebulosa. É certo que muitos dos pobres são explorados, são utilizados como mão de obra barata para darem lucros chorudos aos patrões. É um facto. Por outro lado, existem aqueles que são uma espécie de parasitas, não querem trabalhar, não querem estudar, somente pensam na melhor forma de extorquir dinheiro ao estado como forma de manterem o seu nível de vida mais ou menos confortável. Chego à conclusão que em todas as classes existem pessoas que aceitam os outros, que ouvem os outros, que são dotados de espírito de solidariedade. Enfim pessoas boas. Nestas coisa da distinção do patrão vs. assalariado sinto que tenho, ou melhor tinha, um certo preconceito. Os patrões eram sempre os maus da fita, os pobres, mais numerosos, o povo oprimido que buscava salvação.
Vivemos numa sociedade democrática. Isto implica que as maiorias tem legitimidade para decidir os destinos do país. A conclusão lógica desta afirmação é que são os mais pobres que possuem os destinos do país nas suas mãos, através dos seus representantes democraticamente eleitos. Certo é que muita manipulação poderá existir por parte da comunicação social, visto ela ser controlada essencialmente pelo donos do capital. No entanto, custa-me a crer que existindo entreajuda entre aqueles que menos tem, estes pudessem ser manipulados pelas torrentes infindáveis de informação deturpada e propagandista que nos chega a casa todos os dias. No final de contas, aquilo que me parece estar em causa é que os pobres, quando conseguem ter uma hipótese de serem ricos, não a desperdiçam. Mesmo que imoralmente.
Ainda que mentindo, e em nome do bem comum, eleitos para representar o interesse comum, estes apenas tem mente uma coisa: o bem pessoal. Na maior parte dos casos damos-lhes de políticos.

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Acerca de mim

Licenciado em Psicologia; Homem, 22 anos, Braga, Sporting Clube de Portugal; Agnóstico;Socialista democrático;Hetero; Solteiro; Gosto de cinema e musica; Humanista; Amante do método ciêntífico; Amante do sistema fiscal da Suécia; e-mail - romao@mail.com;